terça-feira, 10 de março de 2009

Um a cem, por um


No livro de Marcos, capítulo 4, é narrado uma parábola em que Jesus passa uma mensagem incrível e que nos ajudará em mais um de nossos momentos de reflexão. Ele fala sobre o Semeador e a semente.


‘“Ouçam! O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto. Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um”. E acrescentou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!”’
(Marcos 4:3-9)


Nesta passagem é citado quatro tipos de sementes: a que cai à beira do caminho, a que cai em solo de pouca profundidade, a que cai entre espinhos e a que cai em boa terra. Em outros livros bíblicos que relatam essa mesma parábola (Mateus 13:1-23; Lucas 8:1-15) é possível ver a explicação de Jesus – o Semeador – para cada um dos tipos de semente – nós. Aqui, no entanto, o que nos chama a atenção não são todas elas e suas peculiaridades, mas sim uma específica – a que cai em boa terra e produz frutos. (Sobre as outras, fica a dica da leitura dos textos mencionados). Isso por conta do momento que vivemos no nosso grupo. É nítido que somos hoje mais do que nunca a semente que cai em boa terra, o fórum é exemplo claro disso.

Cristo diz que um grão produz 30, outro 60 e outro a 100, a partir de um. Em uma linguagem mais moderna e próxima da nossa realidade acadêmica, podemos aferir que Jesus dominava bem a matemática e sabia sobre progressão geométrica, que de cada pessoa que resolvesse viver com ele, uma poderia falar com outra formando uma “corrente do bem” até chegar a cem, quem sabe até mais!

Essa corrente já começou com Jesus na cruz e as pessoas próximas dele naquela época. Uma foi falando para outra ao longo dos séculos até que chegasse aos nossos ouvidos. Há alguns anos tomei consciência de que era necessário fazer parte dessa corrente para não deixar adormecer o sonho de ver as pessoas vivendo com Deus. Sempre que lembro dessa passagem sou levado a refletir de que um dia tomei esta decisão. Como eu, tenho certeza que muitos outros também pensam assim em nosso meio. E você, como se sente em relação a essas idéias?

Obs.: Publicado no Fórum Santo Antônio em 09/03/2009